O número total de usuários ativos de internet (pessoas com acesso em casa ou no local de trabalho) cresceu de 41,7 milhões no final do ano passado para 61,2 milhões em outubro deste ano, de acordo com levantamento do Ibope Nielsen Online.
O total de brasileiros com acesso em qualquer ambiente (domicílios, trabalho, escolas, lan houses ou outros locais) atingiu 78,5 milhões de pessoas no terceiro trimestre de 2011. Esse número representa um crescimento de 6% sobre o terceiro trimestre de 2010 e de 18% sobre o terceiro trimestre de 2009.
Os sites de comércio eletrônico chegaram a 32,3 milhões de usuários únicos em outubro de 2011, sendo que, as lojas virtuais de varejo atingiram 27,5 milhões de consumidores, ou 58,8% do total de usuários ativos na internet.
O segmento de calçados, roupas e acessórios de moda foi um dos principais responsáveis pelo aumento da navegação no comércio eletrônico com 10,5 milhões de acessos.
As dez maiores lojas virtuais de calçados também estão entre as que mais anunciam na internet, segundo o serviço de monitoramento de publicidade on-line AdRelevance, do Ibope Nielsen Online.
Dos dez maiores anunciantes em quantidade de banners veiculados em outubro, três eram varejistas do segmento de calçados. Juntos, os três foram responsáveis pela publicação de mais de 1.300 banners publicitários na internet.

Previsão pessimista

No entanto, com todo esse crescimento, o e-commerce no país deve registrar uma considerável desaceleração no Natal deste ano com relação ao ano passado. A expectativa é que as vendas do varejo pela internet apresentem uma pequena expansão de 20% no período das festas de fim de ano, contra um crescimento real de 40% apurados no Natal de 2010.
Segundo dados do e-bit, a empresa que faz o monitoramento das lojas de comércio eletrônico no país, as transações de e-commerce movimentarão somente R$ 2,6 milhões de reais em dezembro de 2011.
Os motivos apontados pelo e-bit para tal desaceleração são: o menor crescimento econômico do país em 2011, a queda no poder aquisitivo da população brasileira, a crise internacional que vem afetando a economia e também a falta de motivação do consumidor para a aquisição de produtos de maior valor agregado, com parcelamento de longo prazo.
A greve dos Correios também é apontada como fator de queda no faturamento das lojas virtuais no Natal de 2011, pois teve um impacto negativo em função do atraso nas entregas das compras feitas nas lojas de comércio eletrônico em 2010.
A consultoria avalia, porém, que as empresas estarão mais preparadas para o período de Natal em 2011 , aumentando a confiança e transmitindo maior segurança ao consumidor do que no ano passado quando os grandes magazines de e-commerce da Internet sofreram milhares de denuncias nos Procons e ainda foram condenadas pela justiça a pagar indenizações aos clientes que não receberam os produtos adquiridos pela internet.
De acordo com estimas da e-bit, o número de pedidos deverá ser 25% menor em comparação com o Natal de 2010, mas o tíquete médio deverá se manter em torno de R$ 350.

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